sexta-feira, 2 de julho de 2010

BRUMA

Meu mundo era desolação e medo quando te encontrei. Fantasmas de cansaço e tédio moravam meu sonho.

Todo o mistério tinha varado o vau do tempo, lá onde as coisas perdem a cor.

Mas tu chegaste dia, me invadindo em ondas de calor e me vieste noite, me orvalhando em gotas de ternura.

Teu jeito suave pôs calma nos meus dias turbulentos e ouvir tua fala branda encheu minh’alma de silêncio e paz.

E adormeci no teu colo.

Quando acordei não estavas. Fiquei pensando se não tinha apenas te sonhado.

Hoje, quando entardece, fico na espreita na esperança de te ver chegar na bruma.

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