sábado, 26 de março de 2011

ELEGIA

Eu era tosco, cru e previsível
tu eras sinuosa, transbordante,
misteriosa e linda.
Eu há muito esquecera o riso,
tu eras leveza e malícia.
Eu era sempre cinza,
tu eras o arco-íris, multicor.

Quando te vi quis me ajoelhar
e implorar pelas migalhas.
Mas me pegaste pela mão,
me mostraste o dia e a cor,
a tempestade do amor
e a paz do carinho.
E só então, só contigo,
pude começar o meu caminho.

Sem ti teria me matado.

Então te amo, querida,
com toda a força do meu espanto.
E se rio, se canto,
é pra ti que dedico o meu sorriso,
é por ti que exorciso o meu medo,
é em ti, mulher, que quero me acabar.